8ºA Criativo

Registos criativos da turma 8ºA da E.B. 2,3 de Canidelo, Vila Nova de Gaia. Ano lectivo 2006-07

14.5.07

A mitologia em «Os Lusíadas»

Júpiter (em latim, Iuppiter) era o deus romano do dia, comumente identificado com o deus grego Zeus. Também era chamado de Jovis (Jove).
Filho de Saturno e Cíbele, foi dado por sua mãe às ninfas da floresta em que o havia parido.
Os fados tinham comunicado ao seu pai, Saturno
, que ele havia de ser afastado do trono por um filho que nascesse dele. Para evitar a concretização da ameaça do destino, Saturno devorava os filhos mal acabavam de nascer. Quando Júpiter nasceu, a mãe, cansada de ver assim desaparecer todos os filhos, entregou a Saturno
uma pedra, que o deus engoliu sem se dar conta do logro.
Criado longe, na ilha de Creta
, para não ter o mesmo destino cruel dos irmãos, ali cresceu alimentado pela cabra Almateia. Quando esta cabra morreu, Júpiter usou a sua pela para fazer uma armadura que ficou conhecida por Égide
.
Quando chegou à idade adulta enfrentou o pai, obrigando-o a vomitar todos os filhos que tinha devorado. Após libertar os irmãos do ventre paterno, empreendeu a revolta
. Saturno procurou seus irmãos para fazer frente ao jovem deus rebelde que se reuniu com os seus irmãos no Olimpo.
Casou-se com Juno, sua irmã e filha preferida de Cibele.
Júpiter teve muitos filhos, tanto de deusas como de mulheres. Marte, Minerva e Vénus
são seus filhos divinos, entre outros. Quando se apaixonava por mortais, Júpiter assumia diversas formas para se poder aproximar delas.
Para conquistar a Princesa Europa, transformou-se em touro branco. Noutra altura apaixonou-se por Alcmena, esposa de Anfritrião. Para a conquistar, assumiu a forma do próprio marido. Dessa união nasceu o semi-deus Hércules.

Pesquisa efectuada por
Ana Patricia Nunes





Mercúrio era o deus romano encarregado de levar as mensagens de Júpiter. Era filho de Júpiter e de Bona Dea e nasceu em Cilene, monte de Arcádia. Os seus atributos incluem uma bolsa, umas sandálias e um capacete com asas, uma varinha de condão e o caduceu. Quando Proserpina foi raptada, tentou resgatá-la dos infernos sem muito sucesso. Era o deus da eloquência, do comércio, dos viajantes e dos ladrões, a personificação da inteligência. Correspondia ao Hermes grego, protector dos rebanhos, dos viajantes e comerciantes: muito rápido, era o mensageiro.


Marte era o deus romano da guerra, equivalente ao grego Ares.
Filho de Juno e de Júpiter, era considerado o deus da guerra sangrenta, ao contrário de sua irmã Minerva, que representa a guerra justa e diplomática. Os dois irmãos tinham uma rixa, que acabou culminando no frente-a-frente de ambos, junto das muralhas de Tróia, cada um dos quais defendendo um dos exércitos. Marte, protector dos troianos, acabou derrotado.
Marte, apesar de bárbaro e cruel, tinha o amor da deusa Vénus, e com ela teve um filho, Cupido e uma filha mortal, Harmonia. Na verdade tratava-se de uma realção adúltera, uma vez que a deusa era esposa de Vulcano, que arranjou um estratagema para os descobrir e prender numa rede enquanto estavam juntos na cama.
O povo romano considerava-se descendente daquele deus porque Rómulo era filho de Reia Sílvia ou Ília, princesa de Alba Longa, e Marte.


Pesquisa efectuada por
Mariana Ferreira





Baco era o filho do deus olímpico Júpiter e da mortal Sémele. Deus do vinho, representava seu poder embriagador, suas influências benéficas e sociais. Promotor da civilização, legislador e amante da paz. Líber é seu nome latino e Dioniso é seu equivalente grego.
Quando estava grávida, Sémele exigiu a Júpiter que se apresentasse na sua presença em toda a glória, para que ela pudesse ver o verdadeiro aspecto do pai do seu filho. O deus ainda tentou dissuadi-la, mas em vão. Quando finalmente apareceu em todo o seu esplendor, Sémele, como mortal que era, não pôde suportar tal visão e caiu fulminada. Júpiter tomou então das cinzas o feto ainda no sexto mês e meteu-o dentro da barriga da sua própria perna, onde terminou a gestação.
Ao tornar-se adulto, Baco apaixona-se pela cultura da vinha
e descobre a arte de extrair o suco da fruta. Porém, a inveja de Hera levou-a a torná-lo louco e a vagar por várias partes da Terra. Quando passa pela Frígia, a deusa Cíbele cura-o e o instrui nos seus ritos religiosos. Curado, ele atravessa a Ásia ensinando a cultura da vinha. Quis introduzir o seu culto na Grécia depois de voltar triunfalmente da sua expedição à Índia, mas encontrou oposição por alguns príncipes receosos do alvoroço por ele causado.
O rei Penteu
proíbe os ritos do novo culto ao aproximar-se de tebas, sua terra natal. Porém, quando Baco se aproxima, mulheres, crianças, velhos e jovens correm a dar-lhe boas vindas e participar de sua marcha triunfal. Penteu manda seus servos procurarem Baco e levá-lo até ele. Porém, estes só conseguem fazer prisioneiro um dos companheiros de Baco, que Penteu interroga querendo saber desses novos ritos. Este se apresenta como Acetes. Conta que, certa vez velejando para Delos, ele e seus marinheiros tocaram na ilha de Dia e lá desembarcaram. Na manhã seguinte os marinheiros encontraram um jovem de aparência delicada adormecido, que julgaram ser um filho de um rei, e que conseguiriam uma boa quantia em seu resgate. Observando-o, Acetes percebe algo superior aos mortais no jovem e pensa se tratar de alguma divindade. Pede perdão pelos maus tratos. Os seus companheiros, cegados pela cobiça, levam-no a bordo apesar da oposição de Acetes. Os marinheiros mentem dizendo que levariam Baco (pois era realmente ele) onde ele quisesse estar, e Baco responde dizendo que Naxos era sua terra natal e que se eles o levassem até lá seriam bem recompensados. Eles prometem fazer isso e dizem a Acetes para se dirigir para Naxos. Porém, quando ele começa a manobrar em direcção a Naxos, ouve sussurros e vê sinais de que deveria levá-lo ao Egipto para ser vendido como escravo. Recusa-se a participar nesse acto.
Baco percebe a trama, olha para o mar entristecido, e de repente a nau pára no meio do mar como se fincada em terra. Assustados, os homens impelem seus remos e soltam mais as velas, em vão. O cheiro agradável de vinho alastra-se por toda a nau e percebe-se que vinhas crescem, carregadas de frutos sob o mastro e por toda a extensão do casco do navio e ouve-se sons melodiosos de flauta. Baco aparece com uma coroa de folhas de parra empunhando uma lança enfeitada de hera. Formas ágeis de animais selvagens brincam em torno de sua figura. Os marinheiros levados à loucura começam a atirar-se para fora do barco e ao atingir a água seus corpos se achatam e terminam numa cauda retorcida. Os outros começam a ganhar membros de peixes, as suas bocas alargam-se e as narinas dilatam. Escamas revestem-lhes todo o corpo e ganham nadadeiras em lugar dos braços. Toda a tripulação é transformada e dos 20 homens só resta Acetes, trêmulo de medo. Baco diz-lhe para que nada receie e que navegue em direção a Naxos, onde encontra Ariadne e a toma como esposa.
Cansado de ouvir aquela história, Penteu manda aprisionar Acetes. E enquanto eram preparados os instrumentos de execução, as portas da prisão abrem-se sozinhas e caem as cadeias que prendiam os membros de Acetes. Não se dando por vencido, Penteu dirige-se ao local do culto encontrando sua própria mãe cega pelo deus. Penteu é também morto. Assim é estabelecido na Grécia o culto de Baco.
Pesquisa efectuada por
Ana Patricia Nunes



Vénus é a deusa do panteão romano, equivalente a Afrodite, no panteão grego. É a deusa do Amor e da Beleza. O seu nome vem acompanhado, por vezes, por epítetos como "Citereia" já que, quando nasceu, terá passado por Citera, onde era adorada sob este nome.
No mito de seu nascimento conta-se que surgiu de dentro de uma concha de madrepérola, tendo sido gerada pelas espumas (afros, em grego). Em outra versão, é filha de Júpiter e Dione.
Era considerada esposa de Vulcano, o deus manco, mas mantinha uma relação adúltera com Marte.
Foi umas das divindades mais veneradas entre os antigos, sobretudo na cidade de Pafos, onde seu templo era admirável. Possuía um carro puxado por cisnes.

Vénus possui muitas formas de representação artística, desde a clássica (greco-romana) até às modernas, passando pela renascentista. É de uma anatomia divinal, daí considerada pelos antigos gregos e romanos como a deusa do erotismo, da beleza e do amor.
Os romanos consideravam-se descendentes da deusa, pelo lado de Eneias, o fundador mítico da raça romana, que era filho de Vénus com o mortal Anquises.
Na sua epopéia Os Lusíadas, Luís de Camões apresenta a deusa como a principal apoiante dos heróis portugueses.

Pesquisa efectuada por
Ana Patricia Nunes