8ºA Criativo

Registos criativos da turma 8ºA da E.B. 2,3 de Canidelo, Vila Nova de Gaia. Ano lectivo 2006-07

24.5.07

Um pouco de história

D. Fernando I, nono Rei de Portugal, nasceu a 31 de Outubro de 1345 em Lisboa. Era filho do rei Pedro I de Portugal e da princesa Constança de Castela. Fernando sucedeu a seu pai em 1367 e morreu a 22 de Outubro de 1383. O início do reinado de Fernando foi marcado pela política externa. Quando Pedro I de Castela (1350-1369) morre em 1369 sem herdeiros directos, Fernando, como bisneto de Sancho IV de Castela, por via feminina, declara-se herdeiro do trono. Entre os pontos assentes , Fernando é prometido a Leonor de Castela, mas antes que o casamento pudesse ser concretizado, o rei apaixona-se por Leonor Teles de Menezes, mulher de um dos seus cortesãos. Após a rápida anulação do primeiro casamento de Leonor, Fernando casa com ela. Este acto valeu-lhe forte contestação interna, mas não provocou reacção em Henrique de Castela que prontamente promete a filha a Carlos III de Navarra.
Em 1382, no fim da guerra com Castela, estipula-se que a única filha de Fernando, Beatriz de Portugal, case com o rei João I de Castela. Esta opção significava uma anexação de Portugal e não foi bem recebida pela classe média e parte da nobreza portuguesa.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_I_de_Portugal


Leonor Teles, a aleivosa
D. Leonor Teles de Menezes, foi rainha de Portugal, entre 1371 e 1383.

D. Leonor sobrinha de D. João Afonso Telo de Menezes, conde de Barcelos, descendia por seu pai (Martim Afonso Telo de Menezes) de Fruela II, Rei de Leão e da Galiza e, por sua mãe, Aldonça Anes de Vasconcelos.
Casou, ainda muito nova, com João Lourenço da Cunha, filho do morgado do Pombeiro, de quem teve um filho: Álvaro da Cunha. Numa altura em que visitou a irmã Maria Teles, dama da infanta D. Beatriz, seduziu o Rei D. Fernando. Baseada em razões de parentesco, foi obtida a anulação do casamento de D. Leonor Teles. O Povo não gostou e o resultado foi a perturbação social e política que gerou um clima de insegurança total.
O casamento com o rei deu-se no Mosteiro de Leça do Balio, secretamente, em 15 de Maio de 1372. Em meados de Fevereiro seguinte nascia D. Beatriz. Temendo o prestígio do Infante D. João que casara com sua irmã Maria de Teles, concebeu o plano de casar o Infante com sua filha D. Beatriz. Mas para isso era preciso eliminar Maria Teles, acção por que terá sido responsável. D. João foi exilado.


Pesquisa realizada por
Tuyara Cardoso

16.5.07

O que estamos a ler

«Os Lusíadas»

É o nome de um poema épico de Luís Vaz de Camões, publicado em 1572. A obra está dividida em 10 cantos, com número variável de estrofes. O tema do poema é a história de Portugal desde os primórdios até o tempo de Camões, com uma narrativa idealizada e alusões frequentes à mitologia e cultura clássica. É, geralmente, considerada a obra maior da literatura portuguesa, quer pela qualidade poética reconhecida, quer pelo sentimento patriótico de que faz testemunho.


Estamos a ler a versão adaptada de João de Barros.


Ana Isabel Teixeira

14.5.07

A mitologia em «Os Lusíadas»

Júpiter (em latim, Iuppiter) era o deus romano do dia, comumente identificado com o deus grego Zeus. Também era chamado de Jovis (Jove).
Filho de Saturno e Cíbele, foi dado por sua mãe às ninfas da floresta em que o havia parido.
Os fados tinham comunicado ao seu pai, Saturno
, que ele havia de ser afastado do trono por um filho que nascesse dele. Para evitar a concretização da ameaça do destino, Saturno devorava os filhos mal acabavam de nascer. Quando Júpiter nasceu, a mãe, cansada de ver assim desaparecer todos os filhos, entregou a Saturno
uma pedra, que o deus engoliu sem se dar conta do logro.
Criado longe, na ilha de Creta
, para não ter o mesmo destino cruel dos irmãos, ali cresceu alimentado pela cabra Almateia. Quando esta cabra morreu, Júpiter usou a sua pela para fazer uma armadura que ficou conhecida por Égide
.
Quando chegou à idade adulta enfrentou o pai, obrigando-o a vomitar todos os filhos que tinha devorado. Após libertar os irmãos do ventre paterno, empreendeu a revolta
. Saturno procurou seus irmãos para fazer frente ao jovem deus rebelde que se reuniu com os seus irmãos no Olimpo.
Casou-se com Juno, sua irmã e filha preferida de Cibele.
Júpiter teve muitos filhos, tanto de deusas como de mulheres. Marte, Minerva e Vénus
são seus filhos divinos, entre outros. Quando se apaixonava por mortais, Júpiter assumia diversas formas para se poder aproximar delas.
Para conquistar a Princesa Europa, transformou-se em touro branco. Noutra altura apaixonou-se por Alcmena, esposa de Anfritrião. Para a conquistar, assumiu a forma do próprio marido. Dessa união nasceu o semi-deus Hércules.

Pesquisa efectuada por
Ana Patricia Nunes





Mercúrio era o deus romano encarregado de levar as mensagens de Júpiter. Era filho de Júpiter e de Bona Dea e nasceu em Cilene, monte de Arcádia. Os seus atributos incluem uma bolsa, umas sandálias e um capacete com asas, uma varinha de condão e o caduceu. Quando Proserpina foi raptada, tentou resgatá-la dos infernos sem muito sucesso. Era o deus da eloquência, do comércio, dos viajantes e dos ladrões, a personificação da inteligência. Correspondia ao Hermes grego, protector dos rebanhos, dos viajantes e comerciantes: muito rápido, era o mensageiro.


Marte era o deus romano da guerra, equivalente ao grego Ares.
Filho de Juno e de Júpiter, era considerado o deus da guerra sangrenta, ao contrário de sua irmã Minerva, que representa a guerra justa e diplomática. Os dois irmãos tinham uma rixa, que acabou culminando no frente-a-frente de ambos, junto das muralhas de Tróia, cada um dos quais defendendo um dos exércitos. Marte, protector dos troianos, acabou derrotado.
Marte, apesar de bárbaro e cruel, tinha o amor da deusa Vénus, e com ela teve um filho, Cupido e uma filha mortal, Harmonia. Na verdade tratava-se de uma realção adúltera, uma vez que a deusa era esposa de Vulcano, que arranjou um estratagema para os descobrir e prender numa rede enquanto estavam juntos na cama.
O povo romano considerava-se descendente daquele deus porque Rómulo era filho de Reia Sílvia ou Ília, princesa de Alba Longa, e Marte.


Pesquisa efectuada por
Mariana Ferreira





Baco era o filho do deus olímpico Júpiter e da mortal Sémele. Deus do vinho, representava seu poder embriagador, suas influências benéficas e sociais. Promotor da civilização, legislador e amante da paz. Líber é seu nome latino e Dioniso é seu equivalente grego.
Quando estava grávida, Sémele exigiu a Júpiter que se apresentasse na sua presença em toda a glória, para que ela pudesse ver o verdadeiro aspecto do pai do seu filho. O deus ainda tentou dissuadi-la, mas em vão. Quando finalmente apareceu em todo o seu esplendor, Sémele, como mortal que era, não pôde suportar tal visão e caiu fulminada. Júpiter tomou então das cinzas o feto ainda no sexto mês e meteu-o dentro da barriga da sua própria perna, onde terminou a gestação.
Ao tornar-se adulto, Baco apaixona-se pela cultura da vinha
e descobre a arte de extrair o suco da fruta. Porém, a inveja de Hera levou-a a torná-lo louco e a vagar por várias partes da Terra. Quando passa pela Frígia, a deusa Cíbele cura-o e o instrui nos seus ritos religiosos. Curado, ele atravessa a Ásia ensinando a cultura da vinha. Quis introduzir o seu culto na Grécia depois de voltar triunfalmente da sua expedição à Índia, mas encontrou oposição por alguns príncipes receosos do alvoroço por ele causado.
O rei Penteu
proíbe os ritos do novo culto ao aproximar-se de tebas, sua terra natal. Porém, quando Baco se aproxima, mulheres, crianças, velhos e jovens correm a dar-lhe boas vindas e participar de sua marcha triunfal. Penteu manda seus servos procurarem Baco e levá-lo até ele. Porém, estes só conseguem fazer prisioneiro um dos companheiros de Baco, que Penteu interroga querendo saber desses novos ritos. Este se apresenta como Acetes. Conta que, certa vez velejando para Delos, ele e seus marinheiros tocaram na ilha de Dia e lá desembarcaram. Na manhã seguinte os marinheiros encontraram um jovem de aparência delicada adormecido, que julgaram ser um filho de um rei, e que conseguiriam uma boa quantia em seu resgate. Observando-o, Acetes percebe algo superior aos mortais no jovem e pensa se tratar de alguma divindade. Pede perdão pelos maus tratos. Os seus companheiros, cegados pela cobiça, levam-no a bordo apesar da oposição de Acetes. Os marinheiros mentem dizendo que levariam Baco (pois era realmente ele) onde ele quisesse estar, e Baco responde dizendo que Naxos era sua terra natal e que se eles o levassem até lá seriam bem recompensados. Eles prometem fazer isso e dizem a Acetes para se dirigir para Naxos. Porém, quando ele começa a manobrar em direcção a Naxos, ouve sussurros e vê sinais de que deveria levá-lo ao Egipto para ser vendido como escravo. Recusa-se a participar nesse acto.
Baco percebe a trama, olha para o mar entristecido, e de repente a nau pára no meio do mar como se fincada em terra. Assustados, os homens impelem seus remos e soltam mais as velas, em vão. O cheiro agradável de vinho alastra-se por toda a nau e percebe-se que vinhas crescem, carregadas de frutos sob o mastro e por toda a extensão do casco do navio e ouve-se sons melodiosos de flauta. Baco aparece com uma coroa de folhas de parra empunhando uma lança enfeitada de hera. Formas ágeis de animais selvagens brincam em torno de sua figura. Os marinheiros levados à loucura começam a atirar-se para fora do barco e ao atingir a água seus corpos se achatam e terminam numa cauda retorcida. Os outros começam a ganhar membros de peixes, as suas bocas alargam-se e as narinas dilatam. Escamas revestem-lhes todo o corpo e ganham nadadeiras em lugar dos braços. Toda a tripulação é transformada e dos 20 homens só resta Acetes, trêmulo de medo. Baco diz-lhe para que nada receie e que navegue em direção a Naxos, onde encontra Ariadne e a toma como esposa.
Cansado de ouvir aquela história, Penteu manda aprisionar Acetes. E enquanto eram preparados os instrumentos de execução, as portas da prisão abrem-se sozinhas e caem as cadeias que prendiam os membros de Acetes. Não se dando por vencido, Penteu dirige-se ao local do culto encontrando sua própria mãe cega pelo deus. Penteu é também morto. Assim é estabelecido na Grécia o culto de Baco.
Pesquisa efectuada por
Ana Patricia Nunes



Vénus é a deusa do panteão romano, equivalente a Afrodite, no panteão grego. É a deusa do Amor e da Beleza. O seu nome vem acompanhado, por vezes, por epítetos como "Citereia" já que, quando nasceu, terá passado por Citera, onde era adorada sob este nome.
No mito de seu nascimento conta-se que surgiu de dentro de uma concha de madrepérola, tendo sido gerada pelas espumas (afros, em grego). Em outra versão, é filha de Júpiter e Dione.
Era considerada esposa de Vulcano, o deus manco, mas mantinha uma relação adúltera com Marte.
Foi umas das divindades mais veneradas entre os antigos, sobretudo na cidade de Pafos, onde seu templo era admirável. Possuía um carro puxado por cisnes.

Vénus possui muitas formas de representação artística, desde a clássica (greco-romana) até às modernas, passando pela renascentista. É de uma anatomia divinal, daí considerada pelos antigos gregos e romanos como a deusa do erotismo, da beleza e do amor.
Os romanos consideravam-se descendentes da deusa, pelo lado de Eneias, o fundador mítico da raça romana, que era filho de Vénus com o mortal Anquises.
Na sua epopéia Os Lusíadas, Luís de Camões apresenta a deusa como a principal apoiante dos heróis portugueses.

Pesquisa efectuada por
Ana Patricia Nunes

2.5.07

Luís de Camões


Luís Vaz de Camões viveu de 1524 a 10 de Junho de 1580. É frequentemente considerado como o maior poeta de língua portuguesa e dos maiores da Humanidade. O seu génio é comparável ao de Virgílio, Dante, Cervantes ou Shakespeare. Das suas obras, a epopeia “Os Lusíadas” é a mais significativa. Camões teria nascido em Lisboa ou Alenquer por volta de 1524 de uma família de origem galega que se fixou primeiro no Norte (Chaves) e depois irradiou para Coimbra e Lisboa. Foi seu pai Simão Vaz de Camões e mãe Ana de Sá e Macedo. Por via paterna, Camões seria trineto do trovador galego Vasco Pires de Camões, e por via materna, aparentado com o navegador Vasco da Gama. Entre 1542 e 1545, viveu em Lisboa, trocando os estudos pelo ambiente da corte de D. João III, conquistando fama de poeta, e feitio altivo.



Epopeia
· 1572- Os Lusíadas
Sonetos
· 1595 – Amor é fogo que arde sem se ver
· 1595 - Eu cantarei o amor tão docemente
· 1595 - Verdes são os campos
· 1595 - Que me quereis, perpétuas saudades?
· 1595 – Sôbolos rios que vão
· 1595 - Transforma-se o amador na causa amada
· 1595 - Sete anos de pastor Jacob servia
· 1595 - Alma minha gentil, que te partiste
· 1595 - Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
· 1595 - Quem diz que Amor é falso ou enganoso

Teatro
1587 - El-Rei Seleuco
1587 - Auto de Filodemo
1587 - Anfitriões


Informações recolhidas por
Wilson Pereira

Adaptar os Lusíadas

João de Barros


João de Barros, nasceu na Figueira da Foz a 4 de Setembro de 1881, morrendo em Lisboa a 25 de Outubro de 1960. Foi um poeta, pedagogo e publicista português. Licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra. Dedicou-se às letras, sendo autor de uma vasta obra. No campo da poesia, revelou-se sensível e inspirado, sendo autor de uma obra ainda mal conhecida.
Dirigiu, com João do Rio, a revista Atlântida (1915-1920), que incluiu colaboração dos principais escritores lusófonos da geração de 1910-1920. Fazendo com que, no ano de 1920 fosse eleito sócio da Academia Brasileira de Letras.
Dedicou os seus últimos anos de vida à adaptação para a juventude de alguns dos mais famosos textos clássicos, publicando versões em prosa de Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões e da Odisseia de Homero.

Informações recolhidas por
Laura Fernandes